Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 30
Filtrar
1.
Rev. Esc. Enferm. USP ; 57: e20230148, 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS, BDENF | ID: biblio-1507339

RESUMO

ABSTRACT Objective: To investigate the association between the frequency and associated factors of non-psychotic mental disorders and anxiety symptoms in a Brazilian LGBTQIAP+ sample. Method: Cross-sectional study, conducted from September to October 2020 using an online questionnaire, with instruments for sociodemographic characterization, the Generalized Anxiety Disorder Screener and the Self-Report Questionnaire. The analysis was performed using the Chi-square and Fisher's Exact tests. Poisson regression with robust variance was performed to estimate the effect of sociodemographic variables on mental health. Results: Positive screening for anxiety and non-psychotic disorders were identified in 85.2% and 60.2% of the participants, respectively. Younger age groups, who professed some religion, only had access to public health, and presented with medical conditions showed a higher risk for non-psychotic mental disorders. Individuals under 30 (1.33, 95%, CI = 1.17-1.52) presented a high risk for anxiety symptoms. Conclusion: The prevalence of anxiety and non-psychotic disorders during the COVID pandemic was high. Implementation of health policies and interventions targeting identified risk factors is recommended.


RESUMO Objetivo: Investigar a associação entre a frequência e fatores associados de transtornos mentais não psicóticos e sintomas de ansiedade em uma amostra brasileira LGBTQIAP+. Método: Estudo transversal, realizado de setembro a outubro de 2020 por meio de um questionário online, incluindo instrumentos de caracterização sociodemográfica, Generalized Anxiety Disorder Screener e o Self-Report Questionnaire. A análise foi realizada utilizando-se testes Qui-quadrado e Exato de Fisher. Regressão de Poisson com variância robusta foi realizada para estimar o efeitodas variáveis sociodemográficas sobre a saúde mental. Resultados: A triagem positiva para ansiedade e transtornos não psicóticos foi identificada em 85,2% e 60,2% dos participantes, respectivamente. Faixas etárias mais jovens, que possuíam alguma religião, tinham acesso somente à saúde pública e alguma condição clínica prévia apresentaram maior risco para transtornos mentais não psicóticos. Indivíduos com menos de 30 anos (1,33, 95%, IC = 1,17-1,52) apresentaram alto risco para sintomas de ansiedade. Conclusão: A prevalência de ansiedade e transtornos não psicóticos durante a pandemia de COVID foi alta. Recomenda-se a implementação de políticas e intervenções de saúde direcionadas aos fatores de risco identificados.


RESUMEN Objetivo: Investigar la asociación entre la frecuencia y los factores asociados de trastornos mentales no psicóticos y síntomas de ansiedad en una muestra brasileña LGBTQIAP+. Método: Estudio transversal realizado de septiembre a octubre de 2020 mediante cuestionario en línea, con instrumentos de caracterización sociodemográfica, el Generalized Anxiety Disorder Screener y el Self-Report Questionnaire. El análisis se realizó mediante las pruebas Chi-cuadrado y Exacto de Fisher. Se realizó una regresión de Poisson con varianza robusta para estimar el efecto de las variables sociodemográficas sobre la salud mental. Resultados: Se observó resultado positivo para ansiedad y trastornos no psicóticos en el 85,2% y el 60,2% de los participantes, respectivamente. Los grupos de edad más jóvenes, que profesaban alguna religión, solo tenían acceso a la salud pública y tenían condiciones médicas presentaban mayor riesgo de trastornos mentales no psicóticos. Los individuos menores de 30 años (1,33, 95%, IC = 1,17-1,52) presentaron alto riesgo de síntomas de ansiedad. Conclusión: La prevalencia de ansiedad y trastornos no psicóticos durante la pandemia de COVID fue alta. Se recomienda la implementación de políticas e intervenciones de salud dirigidas a los factores de riesgo identificados.


Assuntos
Humanos , Saúde Mental , Minorias Sexuais e de Gênero , COVID-19 , Disparidades em Assistência à Saúde
2.
Rev Rene (Online) ; 24: e83152, 2023.
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1449070

RESUMO

RESUMO Objetivo compreender o conhecimento e a prática de enfermeiros da Atenção Primária à Saúde sobre gênero e assistência às pessoas LGBTQIA+. Métodos estudo qualitativo, realizado com nove enfermeiros da Atenção Primária à Saúde. Os dados foram coletados mediante entrevista semiestruturada e submetidos à Análise de Conteúdo Temática. Resultados emergiram três categorias: conhecimento sobre gênero e população LGBTQIA+; percepção sobre a Política Nacional de Saúde Integral LGBT; e procura pelos serviços e assistência de enfermagem ao público LGBTQIA+. Conclusão evidenciou-se um conhecimento deficiente sobre gênero e saúde da população LGBTQIA+. Há um despreparo dos profissionais que assistem esses usuários, o que provoca barreiras de acesso à assistência e aos serviços, devido ao desconhecimento da existência da política nacional de saúde integral dessa população. Os enfermeiros se centram em ações pontuais e biologicistas. Contribuições para a prática: os achados contribuem para subsidiar o pensar/fazer da enfermagem a respeito das populações vulneráveis, que necessitam de um olhar equânime, integral e humanizado. É necessário fortalecer as discussões na formação em saúde e na educação permanente, para ampliar o conhecimento sobre gênero, o acesso da população LGBTQIA+ aos serviços e a consolidação das ações da política nacional de saúde destinadas a esse grupo populacional.


ABSTRACT Objective to understand the knowledge and practice of Primary Health Care nurses about gender and assistance to LGBTQIA+ people. Methods qualitative study, conducted with nine nurses from Primary Health Care. Data were collected through semi-structured interviews and submitted to Thematic Content Analysis. Results three categories emerged: knowledge about gender and the LGBTQIA+ population; perception of the National LGBT Comprehensive Health Policy; and demand for services and nursing care for the LGBTQIA+ public. Conclusion it was evidenced deficient knowledge about gender and health of the LGBTQIA+ population. There is a lack of preparation of the professionals who assist these users, which causes barriers to access to care and services, due to the lack of knowledge about the existence of the national policy of integral health of this population. Nurses focus on punctual and biologist actions. Contributions to practice: the findings contribute to subsidize the thinking/doing of nursing regarding vulnerable populations, who need an equitable, integral, and humanized look. It is necessary to strengthen discussions in health training and continuing education to expand knowledge about gender, the access of the LGBTQIA+ population to services and the consolidation of the actions of the national health policy aimed at this population group.


Assuntos
Atenção Primária à Saúde , Enfermagem , Assistência Integral à Saúde , Minorias Sexuais e de Gênero
3.
Rev Rene (Online) ; 24: e83200, 2023.
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1449065

RESUMO

RESUMO Objetivo compreender a percepção da pessoa idosa LGBTQIA+ sobre vulnerabilidade social e programática. Métodos estudo qualitativo desenvolvido com dez idosos. A coleta se deu por meio de entrevista subsidiada por um instrumento semiestruturado. Foram incluídos idosos de ambos os sexos ou não binários atendidos em um centro de referência. Adotou-se a análise de conteúdo por meio da modalidade temática para sistematização dos dados. Resultados o envelhecimento humano suscitou discussões acerca das necessidades específicas, como sexualidade. Tratados como tabus, indivíduos idosos que pertenciam a grupos de minorias sexuais sofriam dupla invisibilidade, sobretudo nos serviços de saúde. Ademais, a falta de apoio social e familiar resultou em sofrimento psíquico e vulnerabilidade social. Conclusão por meio dos relatos, é possível identificar lacunas importantes na assistência à pessoa idosa LGBTQIA+, como dificuldade de acesso e práticas de saúde genéricas, que não consideram as particularidades dessa população, além de discriminação e ausência de espaços de convivência. Contribuições para a prática: o envelhecimento populacional suscita discussões acerca da adequação dos serviços de saúde diante das demandas específicas da pessoa idosa, sobretudo no que concerne a sexualidade e às minorias sexuais e de gênero.


ABSTRACT Objective to understand the perception of the LGBTQIA+ elderly person about social and programmatic vulnerability. Methods qualitative study developed with ten elderly persons. The collection was done through an interview supported by a semi-structured instrument. Elderly people of both sexes and non-binary assisted in a reference center were included. We adopted content analysis through the thematic modality for data systematization. Results human aging raised discussions about specific needs, such as sexuality. Treated as taboos, elderly individuals who belonged to sexual minority groups suffered double invisibility, especially in health services. Furthermore, the lack of social and family support resulted in psychological suffering and social vulnerability. Conclusion through the reports, it is possible to identify important gaps in the assistance to the LGBTQIA+ elderly person, such as difficulty of access and generic health practices, which do not consider the particularities of this population, as well as discrimination and lack of spaces for coexistence. Contributions to practice: population aging raises discussions about the adequacy of health services in the face of the specific demands of the elderly, especially regarding sexuality and sexual and gender minorities.


Assuntos
Idoso , Enfermagem , Pesquisa Qualitativa , Minorias Sexuais e de Gênero
4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(8): e00234421, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1384285

RESUMO

Minority groups are more prone to worsen their personal and social vulnerabilities during the COVID-19 pandemic. This study aimed to identify factors associated with the highest COVID-19 vulnerability in the Brazilian sexual and gender minorities. This is a cross-sectional study based on 826 respondents of the Brazilian LGBT+ Health Survey, conducted online from August to November 2020. The COVID-19 vulnerability was based on a previous vulnerability index created by an LGBT+ institution, which comprises three dimensions (income, COVID-19 exposure, and health). The outcome was the highest score quartile. Statistical analysis was based on logistic regression models. The COVID-19 vulnerability was higher in heterosexual and other scarce sexual orientations (OR = 2.34; 95%CI: 1.01-9.20, vs. homosexual), cisgender men (OR = 3.52; 95%CI: 1.35-4.44, vs. cisgender women), and those aged ≥ 50 years (OR = 3.74; 95%CI: 1.24-11.25, vs. 18-29 years old). A negative association was found with complete graduate education (OR = 0.06; 95%CI: 0.02-0.22, vs. complete high school), being white (OR = 0.44; 95%CI: 0.23-0.83), and proper facemask use (OR = 0.31; 95%CI: 0.13-0.76). Except for proper facemask use, factors associated with higher COVID-19 vulnerability are structural determinate and suggest overlapping vulnerabilities, as described by the syndemic model. It guides strategies to deal with the pandemic, which includes a joint approach to the common epidemic that affects sexual and gender minorities, broadening the intersectoral approach to decrease inequalities.


Grupos minoritários são mais propensos a fortalecer suas vulnerabilidades pessoais e sociais, aumentando a vulnerabilidade à COVID-19 durante a pandemia. Este estudo objetivou identificar fatores associados à maior vulnerabilidade à COVID-19 entre as minorias sexuais e de gênero no Brasil. Trata-se de um estudo transversal realizado com 826 entrevistados do Inquérito Nacional de Saúde LGBT+, realizado online de agosto a novembro de 2020. A vulnerabilidade à COVID-19 pautou-se em um índice de vulnerabilidade anterior criado por uma instituição LGBT+, compreendendo três dimensões (renda, exposição à COVID-19, e saúde). O resultado foi o quartil de maior pontuação. A análise estatística foi baseada em modelos de regressão logística. Vulnerabilidade à COVID-19 foi maior em heterossexuais e outras sexualidades menores (OR = 2,34; IC95%: 1,01-9,20, vs. homossexual), homens cisgênero (OR = 3,52; IC95%: 1,35-4,44, vs. mulheres cisgênero), e aqueles com 50 anos ou mais (OR = 3,74; IC95%: 1,24-11,25, vs. 18-29 anos). Verificou-se associação negativa entre ter pós-graduação (OR = 0,06; IC95%: 0,02-0,22, vs. até o Ensino Médio), ter cor de pele branca (OR = 0,44; IC95%: 0,23-0,83) e usar máscara adequada (OR = 0,31; IC95%: 0,13-0,76). Exceto pelo uso adequado da máscara, fatores associados à maior vulnerabilidade à COVID-19 são determinantes estruturais e sugerem vulnerabilidades que se sobrepõem, como descrito pelo modelo sindêmico. Ele orienta estratégias para lidar com a pandemia, que engloba uma abordagem conjunta da epidemia comum que afeta as minorias sexuais e de gênero, ampliando a abordagem intersetorial para diminuir as desigualdades.


Los grupos minoritarios son los más propensos a intensificar sus vulnerabilidades individuales y sociales, lo que aumenta la vulnerabilidad al COVID-19 durante la pandemia. Este estudio tuvo como objetivo identificar los factores asociados con mayor vulnerabilidad al COVID-19 entre las minorías sexuales y de género en Brasil. Se trata de un estudio transversal, realizado con 826 personas que respondieron la Encuesta Brasileña sobre la Salud LGBT+, aplicada en línea entre agosto y noviembre de 2020. La vulnerabilidad al COVID-19 se basó en un índice de vulnerabilidad anterior creado por una institución LGBT+, el cual comprende tres dimensiones (renta, exposición al COVID-19 y salud). El resultado fue el cuartil de mayor puntuación. El análisis estadístico se basó en modelos de regresión logística. La vulnerabilidad al COVID-19 fue mayor en heterosexuales y otras sexualidades menores (OR = 2,34; IC95%: 1,01-9,20, vs. homosexual), hombres cisgénero (OR = 3,52; IC95%: 1,35-4,44, vs. mujeres cisgénero), y los de 50 años o más (OR = 3,74; IC95%: 1,24-11,25, vs. 18-29 años). Hubo una asociación negativa entre tener un título de posgrado (OR = 0,06; IC95%: 0,02-0,22, vs. hasta la secundaria), tener color de piel blanca (OR = 0,44; IC95%: 0,23-0,83) y usar mascarilla adecuadamente (OR = 0,31; IC95%: 0,13-0,76). Excepto por el uso adecuado de mascarilla, los factores asociados con una mayor vulnerabilidad al COVID-19 son determinantes estructurales y apuntan vulnerabilidades superpuestas, tal como lo describe el modelo sindémico. Este orienta estrategias para enfrentar la pandemia, que constan de un enfoque conjunto de la epidemia común que afecta a las minorías sexuales y de género, ampliando el enfoque intersectorial para reducir las desigualdades.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Minorias Sexuais e de Gênero , COVID-19/epidemiologia , Comportamento Sexual , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Pandemias
5.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (38): e22302, 2022.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1390433

RESUMO

Resumo Devido ao estigma associado aos estereótipos negativos e à transfobia, os direitos humanos das pessoas trans são violados diariamente, fazendo com que sejam marginalizadas e excluídas dos serviços de saúde. O campo de estudo foi o Ambulatório Trans (Ambulatório T) da Atenção Primária à Saúde (APS) de Porto Alegre, que trabalha na lógica do reconhecimento das identidades trans, das demandas de saúde e da autonomia dos sujeitos. Neste artigo apresentamos os resultados parciais de um estudo que avalia a implantação do Ambulatório T. Fazem parte do estudo 269 pessoas trans na primeira etapa e 116 na segunda etapa. O Ambulatório T mostra que o acompanhamento de saúde, caracterizado pela não patologização das identidades trans, é fundamental para o Sistema Único de Saúde, no qual as barreiras de acesso podem ser minimizadas ou removidas para que seja possível cuidar da saúde de pessoas trans de forma integral na APS.


Abstract Due to the stigma associated with negative stereotypes and transphobia, the human rights of trans people are violated daily, causing them to be marginalized and excluded from health services. The field of study was the Trans Ambulatory (T Ambulatory) of Primary Health Care in Porto Alegre, which works in the logic of recognizing trans identities, health demands, and the autonomy of subjects. In this article, we will present the partial results of a study that evaluates the implementation of the T Ambulatory. The study includes 269 transgender people in the first stage and 116 in the second stage. The T Ambulatory shows that health monitoring, characterized by the non-pathologization of trans identities, is essential for the Unified Health System. The access barriers can be minimized or removed. And so that it is possible to take care of trans people's health integrally in primary health care.


Resumen Debido al estigma asociado a los estereotipos negativos y la transfobia, los derechos humanos de las personas trans son violados a diario, lo que las margina y excluye de los servicios de salud. El campo de estudio fue el Ambulatorio Trans (Ambulatorio T) de la Atención Primaria de Salud (APS) de Porto Alegre, que trabaja en la lógica del reconocimiento de las identidades trans, las demandas de salud y la autonomía de los sujetos. En este artículo presentaremos los resultados parciales de un estudio que evalúa la implementación del Ambulatorio T. El estudio incluye a 269 personas trans en la primera etapa y 116 en la segunda etapa. El Ambulatorio T muestra que la vigilancia de la salud, caracterizada por la no patologización de las identidades trans, es fundamental para el Sistema Único de Salud, en el que se pueden minimizar o eliminar las barreras de acceso, y para que sea posible cuidar la salud de las personas trans integralmente en Atención Primaria de Salud.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Atenção Primária à Saúde , Transexualidade , Sistema Único de Saúde , Minorias Sexuais e de Gênero , Direito à Saúde , Política de Saúde , Brasil , Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde
6.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1399634

RESUMO

Objective: Reports show that LGBT+ people may face several struggles during their endof-life (EOF) preparations, reporting higher rates, for example, of harassment and fear of feeling pain during these moments. We thus aimed to investigate variables related to EOF preparations among LGBT+ people and compare them with heterosexual cisgender individuals. Methods: This is a cross-sectional study in which Brazilians aged 50 or older were invited to answer an anonymous online survey between August 2019 and January 2020. The survey was widely distributed in neighbourhood associations, nongovernmental organizations, and social media. Those who identified as homosexual, bisexual, pansexual, non-heterosexual, transgender, travesti, or non-binary were grouped as LGBT+; cisgender and heterosexual participants were grouped as non-LGBT+. Results: The questionnaire was answered by 6693 participants with a median age of 60 years. Out of all respondents, 1332 were LGBT+ (19.90%) and 5361 were non-LGBT+ (80.10%). Compared to their non-LGBT+ peers, LGBT+ people reported higher rates of loneliness (25.30% vs 16.32%, p < 0.001), fear of dying alone (15.69% vs 9.79%, p < 0.001) or in pain (35.21% vs 25.74%, p < 0.001), and less social support (19.44% vs 13.48%, p < 0.001). Conclusions: Being LGBT+ was associated with challenges and inequalities regarding EOF preparations and discussions. Sexuality and diversity should be addressed in palliative training programs to address the needs of the LGBT+ population and to provide them with a dignified death


Objetivos: Estudos observacionais mostram que pessoas LGBT+ enfrentam diversas barreiras e desafios em suas preparações de fim de vida, como, por exemplo, taxas maiores de discriminação e medo de sentir dor nesses momentos. Dessa forma, nosso objetivo foi investigar variáveis relacionadas às preparações de fim de vida entre pessoas LGBT+ e compará-las com as de indivíduos não LGBT+. Metodologia: Este foi um estudo de corte transversal, no qual brasileiros com 50 anos ou mais foram convidados a responder a um questionário online anônimo entre agosto de 2019 e janeiro de 2020. O link para respostas foi distribuído amplamente em associações, organizações não governamentais e mídias sociais. Aqueles que se identificassem como homossexuais, bissexuais, pansexuais, não heterossexuais, transgênero, travestis ou com gênero não binário foram agrupados no grupo LGBT+; pessoas cisgênero e heterossexuais constituíram o grupo não LGBT+. Resultados: O questionário foi respondido por 6693 participantes, com mediana de idade de 60 anos. Entre eles, 1332 eram LGBT+ (19,90%) e 5361 não LGBT+ (80,10%). Comparadas com seus contemporâneos não LGBT+, as pessoas LGBT+ referiram maiores taxas de solidão (25,30% vs. 16,32%, p < 0,001), medo de morrer sozinhas (15,69% vs. 9,79%, p < 0,001) ou com dor (35,21% vs. 25,74%, p < 0,001) e menor suporte social (19,44% vs. 13,48%, p < 0,001). Conclusões: Ser LGBT+ esteve associado com iniquidades e desafios relacionados às preparações e discussões de fim de vida. Sexualidade e diversidade devem ser abordadas em programas de formação em cuidados paliativos para se acessarem as necessidades e particularidades da população LGBT+ e, dessa forma, ser proporcionada uma morte com dignidade a todos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Assistência Terminal/psicologia , Minorias Sexuais e de Gênero/psicologia , Iniquidades em Saúde , Fatores Socioeconômicos , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários
7.
Epidemiol. serv. saúde ; 31(1): e2021752, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1360431

RESUMO

OBJETIVO: Verificar fatores associados à piora do estilo de vida, incluindo atividade física e consumo de cigarros e álcool, durante a pandemia de COVID-19, entre lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e identidades relacionadas, Brasil, 2020. MÉTODOS: Estudo transversal, com indivíduos ≥18 anos de idade. Odds ratio (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram estimados pela regressão logística. RESULTADOS: Dos 975 participantes, 48,9% (IC95% 45,7;52,1) diminuíram sua atividade física; 6,2% (IC95% 4,8;7,9) e 17,3% (IC95% 15,0;19,8) aumentaram o consumo de cigarros e de álcool, respectivamente. Houve piora na realização de atividade física nos que aderiram às máscaras (OR=2,26; IC95% 1,20;4,23), piora no consumo de cigarros naqueles com alguma condição crônica (OR=2,39; IC95% 1,03;5,56) e de álcool nas mulheres cis (OR=1,95; IC95% 1,31;2,92) e indivíduos morando com companheiro(a) (OR=1,89; IC95% 1,23;2,91) CONCLUSÃO: Destacou-se piora do estilo de vida em mulheres cis, indivíduos com uma condição crônica e aqueles que aderiram às máscaras.


OBJETIVO: Verificar factores asociados al empeoramiento del estilo de vida durante la pandemia, incluida actividad física, consumo de cigarrillos y alcohol, en lesbianas, gays, bisexuales, transexuales, travestis e identidades relacionadas (LGBT+). MÉTODOS: Estudio transversal realizado en Brasil en agosto-noviembre, 2020, con individuos ≥18 años. Se utilizó regresión logística para estimar odds ratio (OR) y intervalos de confianza del IC95%. RESULTADOS: De 975 participantes, 48,9% (IC95% 45,7;52,1) disminuyó la práctica de actividad física, 6,2% (IC95% 4,8;7,9) aumentó el consumo de cigarrillos y 17,3% (IC95% 15,0;19,8) aumentó el consumo de alcohol. Hubo empeoramiento en la actividad física entre individuos que adhirieron a mascarillas (OR=2,26; IC95% 1,20;4,23), empeoramiento en consumo de cigarrillos entre individuos con una condición crónica (OR=2,39; IC95% 1,03;5,56), y de alcohol entre mujeres-cis (OR=1,95; IC95% 1,31;2,92) y personas que vivían en pareja (OR=1,89; IC95% 1,23;2,91). CONCLUSIÓN: Se destacó empeoramiento en mujeres cis, individuos con una condición crónica y que adhirieron a las mascarillas.


OBJECTIVE: To verify factors associated with deteriorating lifestyle during the COVID-19 pandemic, including physical activity, cigarette and alcohol intake in lesbians, gays, bisexuals, transsexuals, transvestites and people with related identities (LGBT+). METHODS: This was a cross-sectional study with individuals aged ≥18 years. Logistic regression was used to estimate odds ratios (OR) and 95% confidence intervals (95%CI). RESULTS: Of the 975 participants, 48.9% (95%CI 45.7;52.1) decreased physical activity, 6.2% (95%CI 4.8;7.9) increased cigarette smoking, and 17.3% (95%CI 15.0;19.8) increased alcohol intake. Physical activity deteriorated among individuals who adhered to mask use (OR=2.26; 95%CI 1.20;4.23), cigarette smoking increased among individuals who had a chronic health condition (OR=2.39; 95%CI 1.03;5.56), and alcohol intake increased among cisgender women (OR=1.95; 95%CI 1.31;2.92) and individuals living with a partner (OR=1.89; 95%CI 1.23;2.91). CONCLUSION: Lifestyle deterioration stood out among cisgender women, individuals with a chronic health condition and those who adhered to mask use.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Indicadores de Qualidade de Vida , Comportamento Sedentário , Minorias Sexuais e de Gênero/estatística & dados numéricos , Tabagismo/epidemiologia , Consumo de Bebidas Alcoólicas/epidemiologia , Estudos Transversais , COVID-19/epidemiologia
8.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(11): 5615-5628, nov. 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1350445

RESUMO

Resumo A população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) há tempo mostra-se excluída da sociedade. Uma realidade oriunda da marginalização ainda presente nos dias de hoje. O objetivo deste artigo é descrever o perfil quantitativo de homicídios contra a população LGBT quanto às características dos crimes, das vítimas e dos autores. Revisão sistemática, incluindo estudos quantitativos sobre homicídios de LGBT. As bases das pesquisas foram: Pubmed Central (Medline); Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Embase, (Elsevier); Scopus (Elsevier), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PsyNET (American Psychological Association - APA) com termos MESH selecionados. Protocolo do PROSPERO: CRD42016053977. Dezesseis estudos foram incluídos. Os homicídios tendem a envolver uma vítima e um autor, que ocorrem na residência da vítima ou via pública. A vítima geralmente é mais idosa do que o autor do crime, normalmente desconhecido pela vítima. Os transgêneros são os LGBT mais acometidos e, em geral, são jovens com menos de 30 anos. Esta revisão confirma que esses homicídios podem ser considerados "crimes de ódio", em que esses indivíduos, em geral, são vitimados por armas de fogo, armas brancas, espancados ou asfixiados até a morte.


Abstract The lesbian, gay, bisexual and transgender (LGBT) population has long been excluded, a reality produced by social marginalization, which is still present in today's society. This article aims to present a quantitative profile of LGBT homicides, focusing on the crimes, victims, and perpetrators. We conducted a systematic review of quantitative studies on LGBT homicide using the following databases: PubMed Central (Medline), Latin American and Caribbean Center for Health Sciences Information (LILACS), Embase (Elsevier), Scopus (Elsevier), the Virtual Health Library (BVS), and APA PsycNet. The searches were run using terms taken from the Medical Subject Headings (MESHs) and Health Sciences Descriptors (DeCS - BVS). Sixteen studies were included. Homicides tended to involve a single victim and single perpetrator and occur at the victim's residence or in public locations. Victims were more likely to be older than the perpetrator and offenders were usually unknown to the victim. Transgender people were the most affected group and most of the victims in this group were aged under 30 years. The findings of this review confirm that LGBT homicides may be considered "hate crimes" and that victims are generally killed with firearms or non-firearms, beaten to death or suffocated.


Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Homossexualidade Feminina , Pessoas Transgênero , Minorias Sexuais e de Gênero , Bissexualidade , Homicídio
9.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(8): e00221420, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1339536

RESUMO

Trata-se de uma análise de política em saúde com abordagem qualitativa, composta por 15 entrevistas (seis gestores e nove ativistas LGBT). Buscou-se compreender as condições históricas para a emergência da Política Nacional de Saúde Integral LGBT (PNSI-LGBT) no espaço social da saúde no Estado da Bahia, Brasil. A teoria social de Pierre Bourdieu e o estudo das trajetórias dos principais agentes envolvidos com a formalização da política fundamentaram a pesquisa. Os resultados evidenciaram dois momentos: (1) conformação do espaço social da saúde LGBT: iniciativas precursoras; (2) espaço de possíveis e discurso oficial para fomento à implementação da PNSI-LGBT na Bahia. É inequívoca a importância do movimento social LGBT na elaboração das primeiras proposições de uma política específica de saúde. A relação do estado com os movimentos sociais se deu por questões profissionais, e os agentes concentravam principalmente e quase exclusivamente capital burocrático. Destaca-se que foi bastante frequente o trânsito de agentes do subespaço militante para o subespaço burocrático. Os militantes entrevistados que chegaram ao campo burocrático, em sua maioria, engajaram-se no espaço da saúde por motivo pessoal e referiram que essa era uma posição em que poderiam atuar de forma mais concreta. Os achados documentais e as colaborações dos interlocutores revelam um processo de contínuas implementações de ações que ampliam o leque de cuidados em saúde voltados à população LGBT. Todavia evidencia-se que a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia não assume claramente a responsabilidade sobre uma política estadual LGBT e, nesse sentido, há uma incorporação claudicante e fragmentada da PNSI-LGBT.


This is a health policy analysis with a qualitative approach, consisting of 15 interviews (six administrators and nine LGBT activists). The study aimed to understand the historical conditions for the emergence of the National Policy for Comprehensive LGBT Health (PNSI-LGBT) in the social space of health in the State of Bahia, Brazil. The study was based on Pierre Bourdieu's social theory and the study of the trajectories of the main actors involved in the policy's formalization. The results evidenced two moments: (1) shaping of the social space of LGBT health, including prior initiatives; (2) space of possibilities and the official discourse for fomenting the implementation of the PNSI-LGBT in Bahia. The LGBT social movement played a crucially important role in drafting the first proposals for a specific health policy. The state's relationship with the social movements occurred through professional issues and the actors concentrated almost exclusively on bureaucratic capital. It was quite common for actors to circulate between the activist subspace and the bureaucratic subspace. The activists interviewed here that reached the bureaucratic field mostly engaged in the health space for personal reasons and reported that it was a position in which they could act more effectively. The documental findings and collaboration by interlocutors reveal a process of continuous implementation of measures that expand the range of healthcare for the LGBT population. However, the Bahia State Health Department has still not clearly taken the responsibility for a state LGBT policy, and there is thus a hesitant and fragment incorporation of the PNSI-LGBT.


Se trata de un análisis de políticas en salud con abordaje cualitativo, compuesto por quince entrevistas (a seis gestores y nueve activistas LGBT). Se buscó comprender las condiciones históricas para la emergencia de la Política Nacional de Salud Integral LGBT (PNSI-LGBT) en el espacio social de la salud en el Estado de Bahía, Brasil. La teoría social de Pierre Bourdieu y el estudio de las trayectorias de los principales agentes implicados con la formalización de la política fundamentaron la investigación. Los resultados evidenciaron dos momentos: (1) conformación del espacio social de la salud LGBT: iniciativas precursoras; (2) espacio de posibilidades y discurso oficial para el fomento a la implementación de la PNSI-LGBT en Bahía. Es inequívoca la importancia del movimiento social LGBT en la elaboración de las primeras propuestas de una política específica de salud. La relación del estado con los movimientos sociales, se dio por cuestiones profesionales, y los agentes concentraban principalmente, y casi exclusivamente, el capital burocrático. Se destaca que fue bastante frecuente el tránsito de agentes del subespacio militante hacia el subespacio burocrático. Los militantes entrevistados que llegaron al campo burocrático, en su mayoría, se implicaron en el espacio de salud por motivos personales e informaron que esa era una posición en la que podrían actuar de forma más concreta. Los resultados documentales y las colaboraciones de los interlocutores revelan un proceso de continuas implementaciones de acciones, que amplían el abanico de cuidados en salud dirigidos a la población LGBT. Todavía, se evidencia que la Departamento de Salud del Estado de Bahia no asume claramente la responsabilidad sobre una política estatal LGBT y, en este sentido, hay una incorporación claudicante y fragmentada de la PNSI-LGBT.


Assuntos
Humanos , Formulação de Políticas , Política de Saúde , Brasil , Pessoal Administrativo , Atenção à Saúde
10.
REVISA (Online) ; 10(2): 291-303, 2021.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1224128

RESUMO

Objetivo: descrever a produção do cuidado em Enfermagem à saúde de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Pessoas Trans Queers Intersexos, Assexuais e outras identidades sexuais e de gênero, a partir das reflexões acerca do trabalho da enfermeira. Método: Estudo qualitativo, realizado com 18 enfermeiras que atuavam na Atenção Primária à Saúde em um município da Bahia, Brasil entre o ano de 2018. Realizou-se entrevista individual em profundidade, analisadas pelo método do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: O cenário da produção do cuidado de enfermagem a partir do trabalho da enfermeira na Atenção Primária direcionado à população LGBTQIA+ esteve permeado por fragilidades no reconhecimento desta população no território de atuação, no atendimento clínico empregado na consulta de Enfermagem e no reconhecimento das vulnerabilidades e necessidades de saúde da população LGBTQIA+. Conclusão: Há fragilidades, barreiras e dificuldades na produção do cuidado à saúde da população LGBTQIA+ que envolvem dimensões distintas que perpassam pela formação acadêmica, profissional, estrutural, administrativa/institucional e da gestão do cuidado e atenção à saúde no contexto da Atenção Primária. Este cenário é provocador da manutenção de desigualdades e iniquidades em saúde que necessitam ser superados.


Objective: to describe the production of nursing care for the health of Lesbians, Gays, Bisexuals, Transvestites and Trans Queers, Intersex, Asexual and other sexual and gender identities, based on reflections about the nurse's work. Method: Qualitative study, conducted with 18 nurses who worked in Primary Health Care in a municipality in Bahia, Brazil between 2018. An in-depth individual interview was conducted, analyzed using the Collective Subject Discourse method. Results: The scenario of the production of nursing care based on the work of nurses in Primary Care directed to the LGBTQIA + population was permeated by weaknesses in the recognition of this population in the territory in which they operate, in the clinical care used in the Nursing consultation and in the recognition of vulnerabilities and health needs of the LGBTQIA + population. Conclusion: There are weaknesses, barriers and difficulties in the production of health care for the LGBTQIA + population that involve different dimensions that go through academic, professional, structural, administrative / institutional training and the management of care and health care in the context of Primary Care. This scenario provokes the maintenance of health inequalities and inequities that need to be overcome.


Objetivo: describir la producción de cuidados de enfermería para la salud de Lesbianas, Gays, Bisexuales, Travestis y Trans Queers, Intersexuales, Asexuales y otras identidades sexuales y de género, a partir de reflexiones sobre el trabajo de la enfermera. Método: Estudio cualitativo, realizado con 18 enfermeros que laboraron en Atención Primaria de Salud en un municipio de Bahía, Brasil entre 2018. Se realizó una entrevista individual en profundidad, analizada mediante el método Discurso Colectivo del Sujeto. Resultados: El escenario de la producción de cuidados de enfermería a partir del trabajo de enfermeros en Atención Primaria dirigido a la población LGBTQIA + estuvo permeado por debilidades en el reconocimiento de esta población en el territorio en el que se desenvuelve, en la atención clínica utilizada en la consulta de Enfermería y en el reconocimiento de vulnerabilidades y necesidades de salud de la población LGBTQIA +. Conclusión: Existen debilidades, barreras y dificultades en la producción de atención en salud para la población LGBTQIA + que involucran diferentes dimensiones que pasan por la formación académica, profesional, estructural, administrativa / institucional y la gestión de la atención y la atención de la salud en el contexto de la Atención Primaria. Este escenario provoca el mantenimiento de desigualdades e inequidades en salud que es necesario superar.


Assuntos
Humanos , Enfermagem Primária , Estudos de Gênero , Minorias Sexuais e de Gênero , Diversidade de Gênero
11.
Rio de Janeiro; s.n; 2021. 228 f p. graf, tab.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1418936

RESUMO

O Sistema Único de Saúde (SUS) e suas políticas são regidos por princípios norteadores, porém, o acesso universal não é garantia do atendimento das demandas de todos. As políticas públicas voltadas aos LGBT foram criadas para combater o preconceito, a discriminação e a exclusão. Em 2011, foi instituída a Política Nacional de Saúde Integral LGBT (PNSI LGBT) entretanto, a carência de informações sobre a implementação desta no Rio de Janeiro-RJ evidencia as dificuldades de atender essa população. Esta Tese objetivou analisar o processo de implementação e os conflitos éticos envolvidos da PNSI LGBT, no município do Rio de Janeiro, através da perspectiva do acesso aos serviços de saúde. Realizou-se uma revisão sistemática da literatura e abordagem metodológica qualitativa por meio de entrevistas semiestruturadas com gestores, profissionais de saúde e usuários LGBT. As entrevistas foram gravadas e os dados analisados numa perspectiva hermenêutica dialética. A revisão da literatura ressaltou as demandas específicas de saúde LGBT, e os desafios que a PNSI LGBT enfrenta para sua plena implementação, além de ainda ser pouco explorada. As narrativas foram agrupadas em quatro categorias abordando as questões de vínculo; percepções a respeito da orientação sexual e identidade de gênero; demandas para a atenção integral à saúde LGBT; e as questões éticas sobre justiça, igualdade e equidade no acesso à saúde LGBT. As entrevistas demonstraram como os gestores, profissionais de saúde e usuários percebem o acesso à saúde da população LGBT, e o quanto a PNSI LGBT ainda é pouco conhecida. Percebeu-se a ausência de desdobramentos práticos para a implementação da PNSI LGBT por parte do poder público, uma dubiedade dos entrevistados em reconhecer discursos discriminatórios, ou mesmo a importância da identificação da orientação sexual e da identidade de gênero no acesso à saúde, o que acarreta a invisibilização das demandas LGBT. As narrativas apontaram para um atendimento aparentemente não discriminatório, embora reconheçam que o preconceito não atinge todos da mesma forma. Houve a percepção de que as pessoas LGBT são previamente identificadas pelos profissionais de saúde como portadores do vírus HIV, sendo um estigma infelizmente ainda persistente. Evidenciou-se nas narrativas conflitos éticos relacionados à garantia do direito à saúde; da igualdade no acesso e no atendimento; e da equidade, reconhecendo que a saúde deve ser ofertada na medida das necessidades das pessoas, respeitando sua diversidade. A PNSI LGBT foi percebida no que compete ao eixo do acesso à saúde, entretanto ela ainda necessita de estratégias que promovam desdobramentos práticos para sua plena implementação, capazes de promover e garantir o direito à saúde, rompendo a perspectiva equivocada de que a igualdade universal no acesso seria suficiente e sinônimo de equidade.


The Unified Health System (SUS) and its policies are governed by guiding principles, however, universal access is not a guarantee of meeting everyone's demands. Public policies aimed at LGBT were created to combat prejudice, discrimination and exclusion. In 2011, the National Policy on Comprehensive Health of LGBT (PNSI LGBT) was instituted, however, the lack of information about its implementation in Rio de Janeiro-RJ highlights the difficulties of serving this population. This Thesis aimed to analyze the implementation process and the ethical conflicts involved in the PNSI LGBT, in the city of Rio de Janeiro, through the perspective of access to health services. A systematic review of the literature and qualitative methodological approach was carried out through semi-structured interviews with managers, health professionals and LGBT users. The interviews were recorded and the data analyzed in a dialectic hermeneutic perspective. The literature review highlighted the specific demands of LGBT health, and the challenges that the PNSI LGBT faces for its full implementation, in addition to being still little explored. The narratives were grouped into four categories addressing bonding issues; perceptions regarding sexual orientation and gender identity; demands for comprehensive care for LGBT health; and ethical questions about justice, equality and equity in LGBT healthcare access. The interviews showed how managers, health professionals and users perceive access to health care for the LGBT population, and how little is known about the PNSI LGBT. It was noticed the absence of practical developments for the implementation of the PNSI LGBT by the public power, a dubiousness of the interviewees in recognizing discriminatory discourses, or even the importance of identifying sexual orientation and gender identity in access to health, which leads to the invisibility of LGBT demands. The narratives pointed to an apparently non-discriminatory service, although they recognize that prejudice does not affect everyone in the same way. There was a perception that LGBT people are previously identified by health professionals as having the HIV virus, which is unfortunately still a persistent stigma. It was evident in the narratives ethical conflicts related to the guarantee of the right to health; equality in access and care; and equity, recognizing that health should be offered according to people's needs, respecting their diversity. The PNSI LGBT was perceived in terms of the axis of access to health, however it still needs strategies that promote practical developments for its full implementation, capable of promoting and guaranteeing the right to health, breaking with the mistaken perspective that universal equality in the access would be sufficient and synonymous with equity.


El Sistema Único de Salud (SUS) y sus políticas se rigen por principios rectores, pero el acceso universal no es garantía de atender las demandas de todos. Las políticas públicas dirigidas a LGBT se crearon para combatir los prejuicios, la discriminación y la exclusión. En 2011, se instituyó la Política Nacional de Salud Integral de LGBT (PNSI LGBT) todavía, la falta de información sobre su implementación en Rio de Janeiro-RJ destaca las dificultades para atender a esta población. Esta Tesis tuvo como objetivo analizar el proceso de implementación y los conflictos éticos involucrados en la PNSI LGBT, en la ciudad de Rio de Janeiro, a través de la perspectiva del acceso a los servicios de salud. Se realizó una revisión sistemática de la literatura y enfoque metodológico cualitativo a través de entrevistas semiestructuradas a directivos, profesionales de la salud y usuarios LGBT. Las entrevistas fueron grabadas y los datos analizados en una perspectiva hermenéutica dialéctica. La revisión de la literatura destacó las demandas específicas de la salud LGBT y los desafíos que enfrenta la PNSI LGBT para su plena implementación, además de ser aún poco explorada. Las narraciones se agruparon en cuatro categorías que abordan cuestiones de vinculación; percepciones sobre orientación sexual e identidad de género; demandas de atención integral a la salud LGBT; y cuestiones éticas sobre la justicia, la igualdad y la equidad en el acceso a la salud LGBT. Las entrevistas mostraron cómo los gestores, profesionales de salud y usuarios perciben el acceso a la salud de la población LGBT, y lo poco que se sabe sobre la PNSI LGBT. Se percibió la ausencia de desarrollos prácticos para la implementación de la PNSI LGBT por parte del poder público, un recelo de los entrevistados en reconocer discursos discriminatorios, o incluso la importancia de identificar la orientación sexual y la identidad de género en el acceso a la salud, lo que conduce a la invisibilidad de las demandas LGBT. Las narrativas apuntaron a un servicio aparentemente no discriminatorio, aunque reconocen que los prejuicios no afectan a todos de la misma manera. Existía la percepción de que los profesionales de la salud identificaban previamente a las personas LGBT como portadoras del VIH, lo que sigue siendo un estigma persistente. Se evidenció en las narrativas conflictos éticos relacionados con la garantía del derecho a la salud; igualdad en el acceso y la atención; y equidad, reconociendo que la salud debe ser ofrecida de acuerdo a las necesidades de las personas, respetando su diversidad. La PNSI LGBT fue percibida en términos del eje del acceso a la salud, aunque necesita estrategias que promuevan desarrollos prácticos para su plena implementación, capaces de promover y garantizar el derecho a la salud, rompiendo con la perspectiva equivocada de que la igualdad universal en el acceso sería suficiente y sinónimo de equidad.


Assuntos
Sistema Único de Saúde , Assistência Integral à Saúde , Temas Bioéticos , Minorias Sexuais e de Gênero , Política de Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde , Brasil , Pesquisa Qualitativa
12.
Interface (Botucatu, Online) ; 25: e200327, 2021.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1286882

RESUMO

As populações de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT) vivenciam obstáculos no acesso e na assistência ofertada pelos serviços da Atenção Básica. Neste estudo, buscamos analisar relatos de profissionais na assistência dessas populações na Estratégia Saúde da Família (ESF). Tratou-se de uma pesquisa qualitativa realizada por meio de relatos orais. Participaram 32 profissionais que atuavam em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Teresina, Piauí, Brasil. A análise foi pautada em três dimensões - reconhecimento, redistribuição e representação - e mostrou que é preciso interligar, dentro de um mesmo princípio de justiça, o espaço do reconhecimento da diversidade sexual e de gênero (campo cultural), o espaço das desigualdades atreladas à exploração e redistribuição de recursos (campo organizacional) e o espaço de representação e participação das populações LGBTT (campo político e social), na lógica circular dos serviços de saúde. (AU)


Las poblaciones de lesbianas, gais, bisexuales, travestis y transexuales (LGBTT) experimentan obstáculos en el acceso y en la asistencia ofrecida por los servicios de la Atención Básica. En este estudio, buscamos analizar relatos de profesionales en la asistencia de esas poblaciones en la Estrategia de Salud de la Familia (ESF). Se trató de una investigación cualitativa realizada por medio de relatos orales. Participaron 32 profesionales que actuaban en una unidad básica de salud (UBS) en Teresina, Estado de Piauí, Brasil. El análisis se pautó en tres dimensiones: reconocimiento, redistribución y representación, mostrando que es preciso interconectar, dentro de un mismo principio de justicia, el espacio del reconocimiento de la diversidad sexual y de género (campo cultural), el espacio de las desigualdades vinculadas a la explotación y redistribución de recursos (campo organizacional) y el espacio de representación y participación de las poblaciones LGBTT (campo político y social), en la lógica circular de los servicios de salud. (AU)


The populations of lesbians, gays, bisexuals, transvestites and transsexuals (LGBTT) experience obstacles in the access to Primary Health Care services and in the assistance offered by them. In this study, we aim to analyze reports of professionals who assist these populations in the Family Health Strategy. It was a qualitative research carried out through oral reports. Thirty-two professionals from different categories who worked in a Primary Health Care unit in Teresina, Piauí, Brazil participated in the study. The analysis was guided by three dimensions - recognition, redistribution and representation - and showed that it is necessary to interconnect, within the same principle of justice, the space of recognition of sexual and gender diversity (cultural field), the space of inequalities linked to the exploration and redistribution of resources (organizational field), and the space of representation and participation of LGBTT populations (political and social field), in the circular logic of the health services. (AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Atenção Primária à Saúde , Estratégias de Saúde Nacionais , Pessoal de Saúde , Minorias Sexuais e de Gênero , Brasil , Atitude do Pessoal de Saúde , Entrevista
13.
Rev. bras. educ. méd ; 45(supl.1): e102, 2021.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1288318

RESUMO

Resumo: Introdução: Cirurgia global é uma área que advoga por melhores desfechos e equidade para todos que demandam assistência cirúrgica, anestésica e obstétrica. No Brasil, embora as mulheres componham 46,6% da demografia médica em 2020, inequidades de gênero persistem nas especialidades cirúrgicas. O objetivo deste artigo é relatar a experiência do programa de mentoria do Gender Equity Initiative in Global Surgery como mecanismo de promoção de equidade de gênero. Relato de experiência: O programa almeja capacitar, empoderar e amplificar vozes de minorias de gênero, sendo voluntário e sem fins lucrativos. Baseia-se na criação de pequenos grupos heterogêneos, com diferentes graus de experiência acadêmica e pessoal. As inscrições ocorrem por formulário on-line, com perguntas relacionadas à identidade, a interesses e expectativas dos aplicantes, sendo os grupos organizados de acordo com essas informações. Os mentores são selecionados com base em: nível de treinamento, especialidade, identidade de gênero e expectativas. Realizam-se três acompanhamentos por preenchimento de questionário pelos participantes. Discussão: A necessidade de programas como este durante a pandemia é evidente, mostrando-se como uma iniciativa positiva para desenvolver estratégias de enfrentamento dos desafios vivenciados. Este relato fornece uma visão geral de como um programa de mentoria pode contribuir para que mais estudantes de Medicina sejam incentivados a seguir carreiras em cirurgia, anestesia e obstetrícia, de modo a promover equidade de gênero para além da perspectiva binária, e discute as principais dificuldades em se estabelecerem programas como esse na América Latina. Conclusão: É preciso reforçar que não basta apenas dar suporte a mulheres (cis e trans) e pessoas de gênero não binário, mas também educar a sociedade para compreender identidades de gênero além da perspectiva binária, reconhecendo os impactos nas relações de trabalho e perspectivas de carreira, especialmente dentro do campo cirúrgico.


Abstract: Introduction: Global surgery is an area that advocates for better outcomes and equity for everyone who requires surgical, anesthetic, and obstetric assistance. In Brazil, although women represent 46.6% of medical demographics in 2020, gender equity disparities persist in surgical specialties. The objective of this article is to report the experience of the mentoring program from the Gender Equity Initiative in Global Surgery as a mechanism for promoting gender equity. Experience report: The voluntary and non-profit program aims to train, empower, and amplify voices of gender minorities. It is based on the creation of small heterogeneous groups, with different degrees of academic and professional experience. Applications are made via an online form, with questions related to the identity, interests, and expectations of applicants, and the groups are organized according to this information. Mentors are selected based on the level of training, specialty, gender identity, and expectations. The participants then have three follow-up sessions conducted by completing questionnaires. Discussion: The need for programs like this during the pandemic is evident, proving to be a positive initiative to develop strategies to tackle the challenges experienced. This report provides an overview of how a mentoring program can contribute to greater adherence for medical students to pursue careers in surgery, anesthesia, and obstetrics, promoting gender equity beyond the binary perspective and discussing the main difficulties in establishing similar programs in Latin America. Conclusion: It is necessary to reinforce that educating and supporting women (cisgender and transgender) and non-binary gendered people are not enough, but to educate society to understand gender identities beyond the binary perspective, recognizing the impacts on work relationships and career perspectives, especially within the surgical field.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Especialidades Cirúrgicas/educação , Tutoria , Equidade de Gênero , Estudantes , Mentores , Educação em Saúde , Minorias Sexuais e de Gênero
14.
Rev. latinoam. enferm. (Online) ; 29: e3474, 2021. tab
Artigo em Inglês | LILACS, BDENF | ID: biblio-1289756

RESUMO

Objective: to investigate the factors associated with the practice of sex under the influence of drugs (chemsex) among Portuguese men who have sex with men during the period of social distancing to prevent the COVID-19. Method: online survey applied in May 2020 to a sample of 1,301 participants living in Portugal, recruited according to Respondent Driven Sampling and via social media Facebook®. Descriptive and bivariate analyses were performed along with logistic regression to calculate adjusted Odds Ratio (ORa). Results: the prevalence of chemsex was 20.2%. The likelihood of practicing chemsex increased with group sex (ORa: 28.4, 95%CI 16.93-47.49); unprotected sex (ORa: 7.1 95%CI 4.57-10.99); the use of pre-exposure prophylaxis (PrEP) to prevent COVID-19 (ORa: 4.2, 95%CI 2.71-6.39) and COVID-19 testing (ORa: 1.9, 95%CI 1.15-3.10). Conclusion: the practice of chemsex among men who have sex with men during the COVID-19 pandemic in Portugal was very frequent and may support greater understanding of the role and impact of sexual behavior on the COVID-19 transmission rates and the current pandemic situation in Portugal.


Objetivo: investigar os fatores associados à prática do sexo sob o efeito de drogas (chemsex) entre homens que fazem sexo com homens (HSH) portugueses durante o período de distanciamento social pela COVID-19. Método: inquérito on-line aplicado em maio de 2020 a uma amostra de 1301 participantes residentes em Portugal recrutados pelo método Respondent Driven Sampling na rede social Facebook®. Realizaram-se as análises descritiva e bivariada e a regressão logística para o cálculo dos Odds ratio ajustado (ORa). Resultados: a prevalência de chemsex foi de 20,2%. A chance de praticar chemsex aumentou com: o sexo grupal (ORa: 28.4, IC95% 16.93 - 47.49); o não uso de preservativo (ORa: 7,1 IC95% 4,57 - 10,99); fazer uso da profilaxia pré-exposição (PrEP) como medida protetiva para a COVID-19 (ORa: 4,2, IC95% 2,71 - 6,39) e realizar teste para a COVID-19 (ORa: 1,9, IC95% 1,15 - 3,10). Conclusão: a prática de chemsex entre homens que fazem sexo com homens, no período da pandemia da COVID-19 em Portugal, foi elevada e pode fornecer subsídios para entender o papel e o impacto que as relações sexuais possuem nas taxas de transmissão e na atual situação pandêmica no país.


Objetivo: investigar los factores asociados a la práctica de sexo bajo el efecto de drogas (chemsex), entre hombres que tienen sexo con hombres portugueses, durante período de distanciamiento social por COVID-19. Método: encuesta online aplicada en mayo de 2020 a una muestra de 1.301 participantes, residentes en Portugal, reclutados por el método Respondent Driven Sampling en la red social Facebook®. Se realizó análisis descriptivo, bivariado y regresión logística para cálculo de los Odds Ratio ajustado (ORa). Resultados: la prevalencia de chemsex fue de 20,2%. La chance de practicar chemsex aumentó con: el sexo grupal (ORa: 28.4, IC95% 16.93 - 47.49); no usar preservativo (ORa: 7,1 IC95% 4,57 - 10,99); hacer uso de la profilaxis antes de la exposición (PrEP) como medida protectora para la COVID-19 (ORa: 4,2, IC95% 2,71 - 6,39) y realizar el test para COVID-19 (ORa: 1,9, IC95% 1,15 - 3,10). Conclusión: la práctica de chemsex entre hombres que tienen sexo con hombres, en el período de la pandemia de la COVID-19, en Portugal, fue elevada y puede suministrar informaciones para entender el papel e impacto que relaciones sexuales poseen en las tasas de transmisión y actual situación de la pandemia en el país.


Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Qualidade de Vida , Violência , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Enfermagem Forense , Exposição à Violência
15.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (37): e21202, 2021.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1290221

RESUMO

Resumo O objetivo do artigo é refletir criticamente sobre os impactos sociais da pandemia de covid-19 e as medidas de enfrentamento no cotidiano de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgênero, Intersexuais e outras identidades (LGBTI+) no contexto brasileiro. Inicialmente é realizado um resgate histórico das necessidades sociais e de saúde que pessoas LGBTI+, evidenciando a importância da compreensão da LGBTIfobia como um determinante social da saúde, além de retomar alguns marcos que resultaram na criação e implementação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT. A partir disso considera-se como algumas vulnerabilidades são potencializadas com a emergência da pandemia e se mostram enlaçadas por estruturas de poder e iniquidades sociais. Por fim, algumas recomendações são aventadas, tendo em vista o caráter generalizado da covid-19.


Resumen El objetivo es reflexionar críticamente sobre los impactos sociales de la pandemia de covid-19 y las medidas de enfrentamiento en la vida diaria de Lesbianas, Gays, Bisexuales, Transgénero, Intersexuales y otras identidades (LGBTI+) en el contexto brasileño. Inicialmente se ha realizado un rescate histórico de las necesidades sociales y de salud de las personas LGBTI +, mostrando la importancia de comprender la LGBTIfobia como un determinante social de la salud, además de retomar algunos hitos que resultaron en la creación e implementación de la Política Nacional de Salud Integral LGBT. A raíz de eso se han considerado algunas vulnerabilidades las cuales son potencializadas con la llegada de la pandemia y que se muestran enlazadas por estructuras de poder e inequidades sociales. Por fin, se proponen algunas recomendaciones, dado el carácter generalizado de la covid-19.


Abstract This article aims to reflect critically about the social impacts of covid-19 pandemic, and the strategies to deal it on the everyday life of Lesbian, Gays, Bisexuals, Transgender, Intersex, and other identities. In the first section, the historical aspects of the social and health necessities experienced by LGBTI people are pointed out. In addition, the comprehension of LGBTIphobia as a social determinant of health is highlighted, and the relevance, in the Brazilian context, of the health policy specific to LGBTI people. In the second section, the reflection addressed how vulnerabilities are deepened in a pandemic context, and how the power structures and social inequalities are intertwined. Finally, some recommendations are addressed due the generalized character of covid-19.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Equidade em Saúde , Vulnerabilidade em Saúde , Determinantes Sociais da Saúde , Minorias Sexuais e de Gênero , COVID-19 , Sistema Único de Saúde , Brasil , Homofobia , Política de Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde
16.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(9): e00069521, 2021. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1345633

RESUMO

The understanding of health care demands and possible access barriers may support policymaking and best practices targeting the lesbian, gay, bisexual, transgender, and related identities (LGBT+) population. The aims of the Brazilian LGBT+ Health Survey were to characterize the LGBT+ population during the COVID-19 pandemic and to specify the characteristics of the COVID-19 pandemic in this population. This is a cross-sectional online study, with a convenience sample of 976 individuals identified as LGBT+, aged 18 years or older from Brazil. It allows investigations of sexuality, discrimination, internal homophobia, health-related behaviors, and health care access. The study adopts a conceptual framework (i.e., validated tools and measures) common to other epidemiological studies, allowing comparisons. We describe the study methodology, some descriptive results, and health-selected indicators compared with the Brazilian National Health Survey. Most of the respondents were from Southeast Region (80.2%), mean aged 31.3 (± 11.5 years). Regarding COVID-19, 4.8% tested positive. Both weekly episodes of discrimination (36%) and depression prevalence (24.8%) were high among the LGBT+ population in Brazil, highlighting mental health and homophobia as major concerns in the LGBT+ context during the pandemic. Although a decade has passed since the institution of the Brazilian National Policy for Comprehensive LGBT Health, appropriate training of health professionals to offer adequate services is still needed. Knowledge of the specific health demands of this group might guide person-centered best practices, promote sexual minority high-acceptance settings, and contribute to higher equity during the pandemic.


A compreensão das demandas de cuidados de saúde e das possíveis barreiras ao acesso pode apoiar a formulação de políticas e as melhores práticas voltadas para a população de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e identidades relacionadas (LGBT+). O Inquérito Nacional de Saúde LGBT+ teve como objetivos caracterizar a população LGBT+ durante a pandemia da COVID-19 e especificar as características da pandemia da COVID-19 nessa população. Este é um estudo transversal online com uma amostra de conveniência de 976 indivíduos identificados como LGBT+ com idade 18 anos ou mais, no Brasil. O inquérito permite a investigação da sexualidade, discriminação, homofobia interna, comportamentos relacionados à saúde e acesso a cuidados de saúde. O inquérito adota um arcabouço conceitual (p.ex.: ferramentas e medidas validadas) comum a outros estudos epidemiológicos, o que permite comparações. O artigo descreve a metodologia do inquérito, alguns resultados descritivos e indicadores de saúde selecionados, em comparação com a Pesquisa Nacional de Saúde. A maioria dos participantes era do Sudeste (80,2%), com média de idade de 31,3 (± 11,5 anos). Com relação à COVID-19, 4,8% testaram positivos. As taxas de episódios semanais de discriminação (36%) e de prevalência de depressão (24,8%) eram altas na população LGBT+ brasileira, o que destaca a saúde mental e a homofobia como preocupações no contexto LGBT+ durante a pandemia. Embora tenha transcorrido uma década desde a implementação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT, ainda é necessário treinamento de profissionais de saúde para oferecer serviços adequados. O conhecimento das demandas específicas de saúde nesse grupo pode orientar melhores práticas centradas na pessoa, promover ambientes de acolhimento de minorias sexuais e contribuir para maior equidade durante a pandemia.


La compresión de las demandas de cuidados de salud y las posibles barreras de acceso a los mismos pueden apoyar en la creación de políticas y realización de mejores prácticas, enfocando a la población lesbiana, gay, bisexual, transgénero e identidades relacionadas (LGBT+). Los objetivos de la Encuesta Brasileña sobre la Salud LGBT+ fueron caracterizar a la población LGBT+ durante la pandemia de COVID-19 y especificar las características de la pandemia COVID-19 en esta población. Se trata de un estudio transversal en línea, con una muestra de conveniencia de 976 individuos brasileños identificados con el colectivo LGBT+, con una edad comprendida entre 18 años o más. Permite investigaciones de sexualidad, discriminación, homofobia interna, comportamientos relacionados con la salud, y acceso a cuidados de salud. El estudio adopta un marco conceptual común (p.ej., herramientas validadas y medidas) respecto a otros estudios epidemiológicos, permitiendo comparaciones. Expusimos la metodología de estudio, algunos resultados descriptivos, así como indicadores de salud seleccionados comparados con la Encuesta Nacional de Salud. La mayoría de quienes respondieron eran originarios de la región sureste (80,2%), la media de edad fue 31,3 (± 11,5 años). Respecto al COVID-19, 4,8% dieron positivo tras las pruebas. Tanto los episodios semanales de discriminación (36%) y prevalencia depresión (24,8%) fueron altos entre la población LGBT+ en Brasil, resaltando la salud mental y la homofobia como principales preocupaciones en el contexto LGBT+ durante la pandemia. A pesar de que ha pasado una década desde la institución de la Política Nacional de Salud Integral LGBT, sigue siendo necesario un entrenamiento apropiado de profesionales de salud para ofrecer servicios adecuados. El conocimiento de las demandas específicas de salud de este grupo puede llevar a mejores prácticas centradas en estas personas, promover contextos de alta aceptación de minorías sexuales, así como contribuir a una equidad más alta durante la pandemia.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoas Transgênero , Minorias Sexuais e de Gênero , COVID-19 , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Pandemias , SARS-CoV-2 , Acesso aos Serviços de Saúde
17.
Psicol. ciênc. prof ; 41: e228578, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1346780

RESUMO

A intersexualidade ainda é considerada uma deformidade patológica, bem como é alvo de intervenções cirúrgicas corretivas que visam enquadrar pessoas intersexos nos padrões binários de sexo, gênero e orientação sexual socialmente aceitos. Desse modo, o objetivo deste estudo foi analisar os sentidos produzidos por intersexos às intervenções cirúrgicas de designação sexual e suas consequências, ainda que não tenham realizado procedimentos cirúrgicos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de corte transversal cujos dados foram coletados por meio de um questionário online para intersexos e interessados de uma rede social-virtual. Oito intersexos participaram da pesquisa e as informações obtidas foram organizadas a partir de uma análise de conteúdo temática em quatro categorias: a) violação de direitos sobre a autodeterminação de sexo-gênero; b) tentativas de invisibilização da experiência de intersexos; c) despreparo da equipe de saúde de referência; e d) centralidade dos ativismos intersexos. Os resultados destacam que: as cirurgias são realizadas sem o consentimento dos intersexos e impactam sua subjetividade e relações sociais; há a reprodução de expectativas pelo intersexo, sua família e pelos profissionais da saúde em torno dos binarismos de sexo-gênero; há a necessidade dos ativismos políticos responderem às demandas dessa população. As constituições de sexo e de gênero ilustradas pelas cirurgias de designação sexual são produtos culturais pautados num sistema normativo binário e cisheterossexual que reproduz e perpetua discriminações, estigmas e violências. Assim, é papel da Psicologia contribuir para a compreensão dessa temática e para a incrementação de políticas públicas na saúde, educação e em assistência social para essa população.(AU)


Intersexuality is still considered a pathological deformity, requiring corrective surgical interventions to fit intersex persons into socially determined binary patterns of sex, gender, and sexual orientation. Thus, this study aimed to analyze the meanings attributed to surgical interventions for sex reassignment and their consequences according to intersex persons who underwent or not the procedure. This qualitative cross-sectional survey was conducted with data collected by means of an online questionnaire for intersex and interested people, made available in a social network. Eight intersexes participated in the survey. The collected data underwent thematic content analysis and were organized into four categories: a) violations to sex/gender self-determination rights; b) attempts to invisibilize the experiences of intersex persons; c) unpreparedness of healthcare team; and d) intersexes activism. The results highlight the performance of these surgeries without intersex persons' consent, as well as their impacts on subjectivity and social relations; the reproduction of expectations around sex/gender binarism on the part of these individuals themselves, their families, and health professionals; and the need for political activism to respond to their demands. The constitutions of sex and gender illustrated by sexual designation surgeries are cultural products based on a binary and cishetero-normative system that reproduces discrimination, stigma, and violence. In this scenario, Psychology plays a key role in contributing to the understanding of this issue, advancing public policies aimed at promoting health, education, and social assistance to this population.(AU)


La intersexualidad todavía se considera como una deformación patológica, así como está sujeta a intervenciones quirúrgicas correctivas que tienen por objeto encajar a los individuos intersexuales en los patrones binarios de sexo, género y orientación sexual. El objetivo de este estudio fue analizar los significados que tienen para los intersexuales las intervenciones quirúrgicas de reasignación sexual y sus consecuencias, incluso para aquellos que no las habían realizado. Se trata de una investigación cualitativa, transversal, realizada por medio de un cuestionario destinado a un grupo de intersexuales e interesados en una red social en internet. Ocho intersexuales participaron, y los dados se organizaron a partir del análisis de contenido temático en categorías: a) violación de los derechos sobre la autodeterminación de sexo-género; b) intentos de hacer invisible la experiencia intersexual; c) falta de preparación del equipo sanitario; y d) centralidad del activismo intersexual. Los principales resultados apuntaron la realización de estas cirugías sin el consentimiento de los intersexuales y que estas tienen repercusiones negativas en la subjetividad y las relaciones sociales de ellos; la reproducción de las expectativas personales, familiares y de los profesionales de la salud en torno a los binarismos de género; la necesidad de un activismo colectivo para responder a las demandas de esta población. Las constituciones de sexo y género ilustradas por las cirugías de reasignación sexual de intersexuales son productos culturales con base en un sistema normativo binario y cisheterosexual que reproduce discriminación, estigmas y violencia. Es el papel de la Psicología contribuir a la comprensión de esta cuestión para animar las políticas públicas de salud, educación y asistencia social a esta población.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Adulto Jovem , Sexualidade , Cirurgia de Readequação Sexual , Minorias Sexuais e de Gênero , Identidade de Gênero , Pessoas Intersexuais , Apoio Social , Procedimentos Cirúrgicos Operatórios , Anormalidades Congênitas , Caracteres Sexuais , Binarismo de Gênero , Genitália , Política de Saúde
18.
Saúde Soc ; 30(4): e190829, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1352207

RESUMO

Resumo O estudo busca validar questões avaliativas para compreensão da inserção das temáticas de saúde LGBT na formação universitária na área da saúde. Para isso, foi realizado um estudo de validação de conteúdo em três etapas: construção de modelo lógico, construção de questões avaliativas e análise por especialistas. O modelo lógico foi elaborado a partir de consulta documental à legislação brasileira pertinente, dando origem a dimensões de análise traduzidas em questões avaliativas para, por fim, serem validadas por um painel de 19 especialistas por meio da técnica de consenso de Delfos, em 3 rodadas. Foi analisada a tendência central e dispersão para consolidação das questões, sendo validadas aquelas que obtiveram média >9, mediana 10 e desvio-padrão <1,5. O instrumento validado é composto por 39 itens, em duas dimensões, a saber: Formação de recursos humanos e Concepções, divididas em subdimensões. As subdimensões do primeiro caso são: identidade de gênero, orientação sexual, assistência à saúde e políticas públicas; as do segundo são: concepções individuais, comunitárias e sistêmicas. Este estudo propôs superar os desafios encontrados na literatura, transformando conceitos em categorias analíticas, para que assim possa ser utilizado para fins de pesquisa e/ou autoavaliação de currículos e disciplinas dos diferentes cursos.


Abstract This study aims to validate evaluative questions for the integration of LGBT health in undergraduate health training. To this end, a three-stage content validation study was conducted, including: logical model construction, evaluative questions construction, and expert analysis. The logical model was elaborated from a documentary consultation to the relevant Brazilian legislation, resulting in a set of dimensions of analysis that were translated into evaluative questions. These questions were then validated by a panel of 19 experts using the Delphi technique, which builds consensus through three rounds. Questions were consolidated by central tendency and dispersion analysis, and those with mean > 9, median = 10, and standard deviation <1.5 were validated. The final instrument comprises 39 questions divided into two dimensions: human resources formation, subdivided into sexual identity, sexual orientation, healthcare, and public policies; and Conceptions, including individual, community, and systemic conceptions. This study sought to bridge the gaps on the literature, turning ideas into analytical categories and thus enabling their use for research purposes and/or the evaluation of different courses curricula and disciplines.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Política Pública , Garantia da Qualidade dos Cuidados de Saúde , Ensino , Assistência Integral à Saúde , Recursos Humanos , Saúde de Gênero , Minorias Sexuais e de Gênero
19.
Mundo saúde (Impr.) ; 45: e0052021, 2021-00-00.
Artigo em Inglês, Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1511216

RESUMO

O preconceito e a discriminação praticados contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e pessoas Intersexo (LGBTI+) estão presentes nos atendimentos realizados por profissionais da saúde. Em uma tentativa de diminuir as desigualdades das pessoas LGBTI+ no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde instituiu, em 2011, a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT). A fim de fortalecer o preparo dos futuros profissionais em prol da integralidade nos atendimentos das instituições de saúde e considerando a hipótese de que os cursos de graduação na área da saúde não possuem abordagem suficiente para capacitar os futuros profissionais para prestar assistência a essa população, este estudo teve como objetivo avaliar a percepção dos alunos de graduação dos cursos Enfermagem, Nutrição, Medicina, Fisioterapia, Biomedicina e Farmácia acerca da abordagem, durante a formação profissional, sobre saúde da pessoa LGBTI+. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, exploratória e descritiva, realizada entre fevereiro e abril de 2019, utilizando um questionário online. Participaram 335 alunos de graduação de uma Instituição de Ensino Superior de São Paulo. Os resultados permitiram perceber que 48,36% dos participantes não se sentiam preparados para o atendimento integral de pessoas LGBTI+, com diferença estatisticamente significativa entre os participantes dos diferentes cursos de graduação (p=0,003) e, para 82,39% dos participantes, a PNSILGBT não foi abordada na sua formação. Evidenciou-se, ainda, que na percepção dos alunos, a abordagem e o conhecimento específico sobre a saúde da população LGBTI+ não foram suficientes para o preparo dos futuros profissionais.


Prejudice and discrimination against Lesbians, Gays, Bisexuals, Transvestites, Transsexuals, and Intersex people (LGBTI+) are present in the care provided by health professionals. In an attempt to reduce the inequalities of LGBTI+ people in the Unified Health System (SUS), the Ministry of Health instituted, in 2011, the National Policy for Comprehensive Health for Lesbians, Gays, Bisexuals, Transvestites and Transsexuals (NPCHLGBT). In order to strengthen the preparation of future professionals in favor of integral care in health institutions and considering the hypothesis that undergraduate courses in the health field do not have a sufficient approach to train future professionals to provide assistance to this population, this study aimed to evaluate the perception of undergraduate students of the Nursing, Nutrition, Medicine, Physiotherapy, Biomedicine, and Pharmacy courses concerning their approach, during professional training, on LGBTI+ health. This is a quantitative, exploratory, and descriptive study, carried out between February and April 2019, using an online questionnaire. 335 undergraduate students from a Higher Education Institution in São Paulo participated. The results showed that 48.36% of the participants did not feel prepared to provide comprehensive care to LGBTI+ people, with a statistically significant difference between the participants of the different undergraduate courses (p=0.003) and, for 82.39% of the participants, NPCHLGBT was not addressed in their coursework. It was also evident that, in the students' perception, the approach and specific knowledge about the health of the LGBTI+ population were not sufficient to prepare future professionals.

20.
Rev. baiana enferm ; 35: e36952, 2021.
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1149701

RESUMO

Objetivo refletir teórica e criticamente o cenário da situação de saúde de pessoas LGBTI+ frente ao Covid-19 em contexto de pandemia no Brasil. Método Estudo teórico e reflexivo estruturado a partir do arcabouço teórico e analítico de gênero e dos achados empíricos sobre a pandemia do novo Coronavírus, causadora da Covid-19. Realizou-se a decomposição não estruturada dos achados publicados na mídia digital e nas bases de dados científicos sobra a Covid-19, bem como a interseção com a saúde de pessoas LGBTI+, especialmente no Brasil. Resultados Há repercussões negativas geradas pela Covid-19 à saúde de pessoas LGBTI+ que são intensificadas por ações biopolíticas determinantes de exposição humana à vulnerabilidade, negação de direitos, discriminação, violências e iniquidades, que potencializam a degradação da saúde e a condição humana. Conclusão O surgimento da Covid-19 precipita e intensifica as vulnerabilidades e iniquidades em saúde de pessoas LGBTI+, conduzindo-as à marginalização e ao risco expressivo à vida.


Objetivo reflejar teórica y críticamente el escenario de la situación de salud de las personas LGBTI+ frente al Covid-19 en el contexto de una pandemia en el Brasil. Método Un estudio teórico y reflexivo estructurado en el marco teórico y analítico del género y los hallazgos empíricos sobre la pandemia del nuevo Coronavirus, que causa el Covid-19. Se realizó la descomposición no estructurada de los hallazgos publicados en los medios digitales y en las bases de datos científicas sobrantes de Covid-19, así como la intersección con la salud de las personas LGBTI+, especialmente en Brasil. Resultados Hay repercusiones negativas generadas por el Covid-19 en la salud de las personas LGBTI+, que se intensifican por las acciones biopolíticas que determinan la exposición humana a la vulnerabilidad, la negación de derechos, la discriminación, la violencia y las desigualdades, que potencian la degradación de la salud y la condición humana. Conclusión La aparición del Covid-19 precipita e intensifica las vulnerabilidades y desigualdades en la salud de las personas LGBTI+, lo que las lleva a la marginación y a un riesgo significativo para la vida.


Objective to reflect theoretically and critically the scenario of the health situation of LGBTI+ people in face of the Covid-19 in the context of a pandemic in Brazil. Method A theoretical and reflective study structured on the theoretical and analytical framework of gender and empirical findings on the pandemic of the new Coronavirus, causing the Covid-19. It was carried out the unstructured decomposition of findings published in digital media and scientific databases on Covid-19, as well as the intersection with the health of LGBTI+ people, especially in Brazil. Results There are negative repercussions generated by Covid-19 on the health of LGBTI+ people, which are intensified by biopolitical actions that determine human exposure to vulnerability, denial of rights, discrimination, violence and inequalities, which potentialize health degradation and the human condition. Conclusion The appearance of Covid-19 precipitates and intensifies the vulnerabilities and inequities in the health of LGBTI+ people, leading them to marginalization and expressive risk to life.


Assuntos
Humanos , Infecções por Coronavirus , Populações Vulneráveis , Minorias Sexuais e de Gênero , Pandemias , Diversidade de Gênero , Identidade de Gênero
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA